A 31 de Janeiro de 1891, os homens de Infantaria 10,
Infantaria 18, Caçadores 9 e uma brigada da Guarda Fiscal sublevaram-se na Invicta
cidade do Porto contra o estado a que o Estado tinha então chegado.
A fome e a miséria eram o quotidiano não do Porto mas de Portugal, as potências estrangeiras controlavam-nos o comércio e as principais indústrias, a bancarrota era uma ameaça constante e uma realidade castradora…
O resto já se sabe. A Revolução Republicana no Porto fracassou, mas ficou para a história como um exemplo de desafio, coragem e patriotismo. Naquele dia a Republica viu em Portugal a sua primeira hora de uma longa noite que tarda em dar lugar ao quente sol da manhã que a 31 de Janeiro e a 5 de Outubro se esperou raiar sobre Portugal.
Foi há 122 anos.
Já repararam por certo que não é uma Medalha da Cruz de Guerra, e que portanto é mais um desvio ao ponto central de estudo que aqui tento trazer. Não obstante é uma condecoração que com ela partilha muitas características phaleristicas comuns.
Ambas nascem para ser outorgadas a militares e civis que pela sua bravura se destacaram em determinado evento glorificante para a Republica e para Portugal, ambas cunhadas em bronze/liga de cobre, ambas partilham as novas cores nacionais na fita de suspensão, ambas carregam o busto da Republica voltado à direita no Anverso, ambas carregam a data de instituição. As comparações são naturalmente feitas com o modelo da MCG 1917.
Esta é a Medalha Comemorativa da Revolução de 31 de Janeiro de 1891, instituída pelo Decreto nº 7.260, de 27 de Janeiro de 1921, publicado no Diário do Governo nº19 na 1ª Série e na Ordem do Exercito nº 1 também na sua 1ª Série ambos no mesmo ano do decreto.
“Sendo de inteira justiça a criação de uma medalha comemorativa da Revolução de 31 de Janeiro de 1891, para ser usada pelos sobreviventes desse movimento, verdadeiros percursores da República, como penhor do verdadeiro e inolvidável apreço dos serviços prestados por esses mesmos combatentes, que, pelos seus actos de dedicado arrojo e espírito de sacrifício, tem jus à gratidão da Pátria e da República:
A fome e a miséria eram o quotidiano não do Porto mas de Portugal, as potências estrangeiras controlavam-nos o comércio e as principais indústrias, a bancarrota era uma ameaça constante e uma realidade castradora…
O resto já se sabe. A Revolução Republicana no Porto fracassou, mas ficou para a história como um exemplo de desafio, coragem e patriotismo. Naquele dia a Republica viu em Portugal a sua primeira hora de uma longa noite que tarda em dar lugar ao quente sol da manhã que a 31 de Janeiro e a 5 de Outubro se esperou raiar sobre Portugal.
Foi há 122 anos.
Já repararam por certo que não é uma Medalha da Cruz de Guerra, e que portanto é mais um desvio ao ponto central de estudo que aqui tento trazer. Não obstante é uma condecoração que com ela partilha muitas características phaleristicas comuns.
Ambas nascem para ser outorgadas a militares e civis que pela sua bravura se destacaram em determinado evento glorificante para a Republica e para Portugal, ambas cunhadas em bronze/liga de cobre, ambas partilham as novas cores nacionais na fita de suspensão, ambas carregam o busto da Republica voltado à direita no Anverso, ambas carregam a data de instituição. As comparações são naturalmente feitas com o modelo da MCG 1917.
Esta é a Medalha Comemorativa da Revolução de 31 de Janeiro de 1891, instituída pelo Decreto nº 7.260, de 27 de Janeiro de 1921, publicado no Diário do Governo nº19 na 1ª Série e na Ordem do Exercito nº 1 também na sua 1ª Série ambos no mesmo ano do decreto.
“Sendo de inteira justiça a criação de uma medalha comemorativa da Revolução de 31 de Janeiro de 1891, para ser usada pelos sobreviventes desse movimento, verdadeiros percursores da República, como penhor do verdadeiro e inolvidável apreço dos serviços prestados por esses mesmos combatentes, que, pelos seus actos de dedicado arrojo e espírito de sacrifício, tem jus à gratidão da Pátria e da República:
Hei por
bem decretar, sob proposta do Ministro da Guerra, o seguinte:
Artigo
1º É criada uma Medalha comemorativa da Revolução de 31 de Janeiro de 1891 na
Cidade do Porto, e destinada tanto aos militares como a indivíduos da classe
civil que tomaram parte nesse movimento.
Artigo
2º A medalha será de bronze, tendo numa das faces a efígie da República e as
datas de 1891-1921 e na outra a legenda AOS PRECURSORES DA REPÚBLICA NA CIDADE
DO PORTO.
SS
único. A medalha será usada no lado direito do peito, pendente de fita de seda
bipartida verde e vermelha, sendo a fivela substituída por uma passadeira do
mesmo metal em forma de palma de louros com as datas referidas neste artigo.
Com o trajo civil poder-se há fazer uso de uma roseta de 16 mm de diâmetro da
cor da fita, tendo sobreposta uma palma igual à já descrita e de menores
dimensões.
O Ministro da Guerra o faça publicar – Paços do Governo da
República, 27 de Janeiro de 1921. – ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA – Álvaro Xavier de
Castro”.
Assim por este Decreto nasce 30 anos depois do levantamento
militar do Porto a medalha que lembra não só este momento mas também e principalmente
os que nela se fizeram notar.
Até 1926, foram outorgadas a veteranos civis e militares 177 condecorações.
Além destes, foram ainda concedidas a titulo colectivo duas medalhas, uma à Cidade do Porto e outra à 3ª Brigada da Guarda Fiscal que na Proclamação da Republica de 1891 se fez notar.
Desta última, transcrevo o diploma que a confere:
"Decreto de 14 de Janeiro de 1922:
Tendo em consideração os actos de arrojada decisão e inexcedível fé republicana com que no Batalhão n.º 3 da Guarda Fiscal se assinalou o movimento revolucionário de 31 de Janeiro de 1891:
Até 1926, foram outorgadas a veteranos civis e militares 177 condecorações.
Além destes, foram ainda concedidas a titulo colectivo duas medalhas, uma à Cidade do Porto e outra à 3ª Brigada da Guarda Fiscal que na Proclamação da Republica de 1891 se fez notar.
Desta última, transcrevo o diploma que a confere:
"Decreto de 14 de Janeiro de 1922:
Tendo em consideração os actos de arrojada decisão e inexcedível fé republicana com que no Batalhão n.º 3 da Guarda Fiscal se assinalou o movimento revolucionário de 31 de Janeiro de 1891:
Hei por bem decretar, sob proposta do Ministro da Guerra,
que seja conferida ao Batalhão n.º 3 da guarda fiscal a medalha de bronze,
comemorativa da revolução de 31 de Janeiro de 1891, criada pelo decreto n.º 7
260, de 27 de Janeiro de 1921.
António José de
Almeida – Fernando Augusto Freiria (Ministro da Guerra). ”
Fica então aqui a minha lembrança deste dia e destes homens e mulheres, conhecidos ou anónimos, que com sangue, armas e palavras fizeram o sonho e a história de Portugal e dos Portugueses.
-Melo, Olímpio de; 1922; Ordens Militares Portuguesas e outras condecorações – Lisboa; Imprensa Nacional de Lisboa.
-Estrela, Paulo Jorge; 2010; As Revoluções Republicanas na Faleristica Nacional – Lusíada Série II, nº7; Lisboa; Universidade Lusíada Editora.
Fica então aqui a minha lembrança deste dia e destes homens e mulheres, conhecidos ou anónimos, que com sangue, armas e palavras fizeram o sonho e a história de Portugal e dos Portugueses.
-Melo, Olímpio de; 1922; Ordens Militares Portuguesas e outras condecorações – Lisboa; Imprensa Nacional de Lisboa.
-Estrela, Paulo Jorge; 2010; As Revoluções Republicanas na Faleristica Nacional – Lusíada Série II, nº7; Lisboa; Universidade Lusíada Editora.
Parabéns pela aquisição desta medalha, espero um dia adicionar uma semelhante á minha coleção!!!
ResponderEliminarUm abraço
E.T.
Amigo Peron;
ResponderEliminarTenho andado afastado fo forum numismática, cada vez que lá vou entram-me smepre uns Trojans no pc =(
Pois que é uma bela condecoração! Grato pelo elogio. Já a tenho há algum tempo... Se quizer troco uma pelo seu famoso diploma ehehehehehe =)
Muito gosto m tê-lo por cá
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ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
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