Que melhor forma de aqui trazer uma Medalha da Cruz de Guerra de 1ª Classe de 1917, se não consagrá-la a todos os que há quase um século caíram na Flandres, no Mar e em África, para que nós aqui pudéssemos estar?
Este Blogue surge primeiro como forma de partilhar a minha colecção; posteriormente, quase em simultâneo, como forma de adquirir e publicar conhecimento sobre ela; e hoje algum tempo volvido sobre o seu aparecimento, sou diariamente ultrapassado pelo crescimento de uma e de outro sem que aqui vos consiga dar actualizada nota disso.
A Insígnia:
Esta foi a minha primeira de algumas Medalhas da Cruz de Guerra de 1ª Classe de 1917. Ainda não vos tinha trazido nenhuma, e entre as que tenho, decidi trazer a 1ª que adquiri.
Apesar de alguma falta de uniformidade na coloração deste exemplar, a Patina está em franco bom estado, sem apresentar pontos de corrosão ou desgaste sério.
A fita, de cinco raios verdes, está em muito bom estado, assim como os pontos de costura que a unem no reverso.
A miniatura de classe divide-se entre a Coroa de Louros que está, quer na coloração quer na integridade, em excelente estado, e, a miniatura da Cruz que apresenta uma semelhante qualidade de coloração mas uma pequena “dentada de cunho” no braço direito.
“Longe, muito longe do céu azul de Portugal, dos montes verdejantes ou das fartas campinas das suas províncias, descansam pois, nos ásperos climas da Flandres, os nossos Mortos da Grande Guerra.
…………………………………………………………………………………………………………………………………………….
Ó Mães de Portugal, mulheres de uma só fé, que do Norte ao Sul educais os vossos filhos nas heróicas tradições da nossa raça, ensinai a amar essa humilde figura de soldado que sustentou em África e na Flandres as mais rudes pelejas, porque assim, perante a Ingratidão Humana, conseguireis depor, no eterno Pantheon da Memória dos vossos filhos, o cadáver de “João Ninguém”, esse “Soldado Desconhecido” de uma grande nação desconhecida.”
Imagem e palavras finais do Livro “João Ninguém, Soldado da Grande Guerra, impressões humorísticas do CEP” do Capitão Menezes Ferreira.
Também este Livro pela sua intrínseca ligação à Medalha que aqui estudamos, terá direito a um futuro artigo.
Sem comentários:
Enviar um comentário