Sendo o modelo mais conhecido desta peça faleristica o
regulamentado a 20 de Dezembro de 1971, no Decreto 566/71 que "promulga a
medalha militar e as medalhas comemorativas de campanha das forças
armadas", a verdade é que já em 1946/49 se previa o uso da 1ª classe da
MCG como insígnia de pescoço, embora nunca se tivesse regulado ou legislado de
forma clara no que concerne ao seu uso ou desenho.
Durante algum tempo foi difícil encontrar uma prova do uso
da Gravata de 1ª Classe do modelo de 1946, não havendo legislação sobre o seu
desenho ou prova fotográfica do uso de uma, pouco mais poderíamos fazer do que
imagina-la.
A Gravata supra-referida, pouco mais é do que uma Cruz
igual à insígnia de peito com um canevão cinzelado a motivos vegetalistas e uma
fita de suspensão também ela igual à insígnia de peito.
Quanto ao modelo de 1971, bem regulamentado e documentado, não é difícil encontrar-mos boas
referências visuais do seu uso.
São disto exemplo as Gravatas de 1ª Classe da MCG modelo
1971 do General Comando Almeida Bruno*, Capitão de Mar e Guerra Fuzileiro
Rebordão de Brito, ou do Comandante Fuzileiro Francisco Oliveira Monteiro.
Entre todas as três
supra-referidas existem sérias diferenças de cunho, cor ou fita de suspensão,
contrariando assim o artigo regulador que diz o seguinte:
Gravata Constituída por fita com as características
indicadas para a fita de suspensão para a insígnia de peito, mas com a largura
de 0,038mm;
Pendente: de bronze;
Cruz idêntica à descrita para a insígnia de peito, mas
cercada de duas vergonteas de louro, frutadas e atadas nos topos proximais com
um laço."
Quanto aos pendentes a variação é também grande. Em certas
gravatas a cruz é de bronze e as vergônteas de oiro, como nesta da minha
colecção que aqui vos deixo, semelhante à do General Almeida Bruno, noutras a
cruz e as vergônteas são da mesma cor mas, separadas, cruz e vergônteas por 2
ou 3 mm, noutras ainda predomina o doirado. Os cunhos completos conhecidos são
vários. Variando entre o cunho completo de cruz e Vergônteas, ou cunhos só para
as vergônteas a soldar à posteriori à Cruz.
Nota: A Gravata apresentada em 1º lugar neste artigo é de minha autoria e foi montada apenas para ilustrar neste artigo a gravata em uso pelo Major-General Hélio Felgas. Fazendo uso de uma insignia autentica, não se trata de uma condecoração atribuida.
O mesmo não se passa com a 2ª gravata, que faz parte da minha colecção, está bem documentada e é um dos poucos exemplares que conheço cunhada em dois metais diferentes.
Ambas as fitas estão digitalmente cortadas para não ocuparam demasiado espaço horizontal na galeria de imagens.